Entre a violência e as redes – eleições e a questão indígena na internet

Nas últimas décadas o Brasil viveu um ciclo de crescimento baseado no boom das commodities, tendo o governo federal adotado um modelo de desenvolvimento baseado na exportação de recursos naturais e no agronegócio. Foram adotadas políticas de redistribuição de renda e valorização do salário mínimo, resultando na melhora de milhares de pessoas. Apesar destes avanços, vale ressaltar a contínua violação dos direitos dos povos indígenas no país. Este cenário fomentou o desenvolvimento de estratégias de luta destes povos, com a promoção de ocupações e passeatas para dar visibilidade às suas causas. A proposta tem por objetivo analisar como a questão indígena será abordada durante as eleições de 2022 na internet. Nos últimos anos esta temática tem adentrado o espaço público com mais contundência, seja a favor da pauta indígena, seja contrária às suas demandas. A metodologia aplicada para esse trabalho será desenvolvida a partir da coleta e análise de dados nas mídias sociais e sites antes e durante o período eleitoral. Iremos acompanhar nos sites de redes sociais (Twitter e Facebook) um conjunto de atores políticos a favor e contra o reconhecimento dos direitos indígenas, tais como partidos políticos, candidatos, organizações da sociedade civil e meios de comunicação de massa. O objetivo aqui é identificar discursos e movimentos desses atores a fim de entender se e como eles têm abordado assuntos relacionados à temática indígena durante as eleições. A partir desse material coletado iremos desenvolver análise de redes sociais dos principais atores que tratam da temática, e análise textual para identificar de forma qualitativa como assunto foi tratado durante esse período.
 
 
 

Entre algoritmos e big data: o comportamento político nas plataformas digitais

Buscamos analisar os impactos das tecnologias de big data e inteligência artificial no comportamento político a partir das controvérsias políticas no ambiente online. Mais especificamente, a pesquisa desenvolvida terá como foco emoções e sentimentos mobilizados dentro dessas controvérsias e como essas emoções, os algoritmos e a plataformização podem afetar o comportamento político, favorecendo fenômenos como a polarização. Para tanto realizaremos uma análise comparativa de cinco plataformas digitais: Facebook, Twitter, Instagram, Youtube e TikTok durante os anos de 2023 e 2024. Assim, buscaremos: 1) mapear as controvérsias políticas no ambiente online; 2) identificar as emoções que surgem dentro dessas controvérsias, 3) apontar as diferenças e semelhanças em como as emoções são mobilizadas em cada plataforma e 4) verificar se há alguma relação do conteúdo emocional com a polarização afetiva (YARCHI ET.AL; 2020). O interesse de realizar tal estudo se justifica porque os pesquisas já apontam que as plataformas digitais podem ser um espaço forte de mobilização de conteúdo emocional por meio de conversação online, mas que varia sua capacidade de mobilização desse conteúdo de acordo com as affordances de cada rede (PAPACHARISSI, 2015; GERBAUDO, 2016; CROCKET, 2017; GANTMAN, BRADY e VAN BAVEL, 2019). Dessa forma, elementos como os algoritmos, a plataformização e as políticas de big data devem ser levados em conta nesta análise.

Internet e democracia – a reconfiguração do espaço público digital no contexto brasileiro

Neste projeto de pesquisa nos propomos investigar a reconfiguração do espaço público brasileiro, decorrente do desenvolvimento das tecnologias digitais de informação e comunicação. Num regime democrático, a vida política reside na disputa pelo espaço público, aqui entendido como um lugar de troca de argumentos racionais, circulação reflexiva de discursos, expressão de identidades coletivas e formação de uma opinião pública. Com o desenvolvimento da web e das mídias sociais vivemos um processo de reconfiguração deste espaço, trazendo à tona um conjunto de temáticas que vêm sendo estudadas por diferentes campos do conhecimento e que serão exploradas na presente pesquisa. Projeto desenvolvido em parceria com Médialab – SciencesPos de luta destes povos, com a promoção de ocupações e passeatas para dar visibilidade às suas causas. A proposta tem por objetivo analisar como a questão indígena será abordada durante as eleições de 2022 na internet. Nos últimos anos esta temática tem adentrado o espaço público com mais contundência, seja a favor da pauta indígena, seja contrária às suas demandas. A metodologia aplicada para esse trabalho será desenvolvida a partir da coleta e análise de dados nas mídias sociais e sites antes e durante o período eleitoral. Iremos acompanhar nos sites de redes sociais (Twitter e Facebook) um conjunto de atores políticos a favor e contra o reconhecimento dos direitos indígenas, tais como partidos políticos, candidatos, organizações da sociedade civil e meios de comunicação de massa. O objetivo aqui é  identificar discursos e movimentos desses atores a fim de entender se e como eles têm abordado assuntos relacionados à temática indígena durante as eleições. A partir desse material coletado iremos desenvolver análise de redes sociais dos principais atores que tratam da temática, e análise textual para identificar de forma qualitativa como assunto foi tratado durante esse período.